De quem é filho este rapaz? Após a derrota do filisteu de Gate, Saul elaborou essa indagação (1 Samuel 17.55-58). Davi é filho de Jessé, o belemita. Mas agora que Davi está no trono, não seria interessante buscar a história de suas origens? Encontramos aqui um rolo, com a seguinte introdução:
Na época dos juízes houve fome na terra. Um homem de Belém de Judá, com a mulher e os dois filhos, foi viver por algum tempo nas terras de Moabe (Rute 1.1)…
Propósito
O objetivo principal do livro de Rute é destacar as origens do rei Davi. Certamente este documento esteve no palácio do amado rei de Israel. Mas não podemos deixar passar despercebidos os momentos especiais dessa história, iniciando com fome e perdas, mas concluindo com as bênçãos matrimoniais.
O relacionamento entre nora e sogra é muitas vezes retratado negativamente em nossa sociedade. Diversas piadas, histórias e até mesmo programas de televisão costumam explorar as diferenças entre essas duas mulheres, alimentando a ideia de que a convivência entre elas é sempre tensa e conflituosa. No entanto, a história bíblica da hebreia Noemi e sua nora, a moabita Rute, nos mostra que isso não precisa ser verdade.
1. A história de Noemi e Rute
Noemi era uma hebreia que, com seu marido Elimeleque e seus dois filhos Malom e Quiliom, foi para Moabe durante um período de fome em Belém de Judá, sua terra natal, nos dias em que os juízes julgavam (pois ainda não havia rei em Israel).
A escassez que provocou fome na “casa de pão” (Rute 1.1). O alimento básico das famílias que viviam na região da Judeia estava escasso devido ao mau governo dos últimos juízes de Israel, que abandonaram o Senhor. Na Bíblia, às vezes, a fome é um modo de Deus disciplinar o povo que pecou contra Ele (Levítico 26.18-20). Naquele tempo, Israel havia se afastado da comunhão com Deus e chegado ao ponto de cultuar os ídolos pagãos. Sinceramente, nem todos agiam do mesmo modo, mas a disciplina era para todos.
Quando o estômago fica vazio, cada um faz o que pode. Foram então para terra estrangeira, em busca de superar a fome.
Porém, depois de alguns anos, Noemi ficou viúva. O pai de família morreu, e agora? Fugiu da fome, e encontrou-se com a morte.
Os filhos de Noemi se casaram com mulheres moabitas, uma delas sendo Rute. Casamento para a continuidade. Perderam seu pai e decidiram encontrar esposas.
Malom e Quiliom também morreram, deixando Noemi sozinha em uma terra estrangeira. Aquela que saiu de sua terra, enfrentou a morte do esposo e dos dois filhos. Isso lhe trouxe amargura. Quais as decisões de uma pessoa amargurada, de luto? Alguns tomam decisões precipitadas, tirando sua vida, ou destruindo-se gradativamente pelas drogas. Outros, ficam parados, sem ação, até definhar e morrer. Mas qual foi a decisão de Noemi?
Rute, a nora virtuosa e resoluta
Noemi decidiu voltar para Belém de Judá, e despedindo-se de suas noras Orfa e Rute, disse amargurada: “a mão do Senhor voltou-se contra mim” (Rute 1.13). Não devemos julgar incorretamente as palavras de Noemi. Essa é a perspectiva humana quando tudo parece perdido. Noemi não era ateia e nem possuía vícios. Não tinha boca de maldição. Reconhecia naquele evento de dor, a mão do Senhor. Assim são escritas as melhores histórias, servindo de modelo. Deus não a julgou, mas mudou o quadro, dando-lhe novamente a alegria para viver, como veremos à frente. Moabe tornou-se lugar de morte, luto e aflição. Para virar a página, foi necessária a despedida.
Embora ela tenha decidido voltar para Israel, encorajou Rute e Orfa a permanecerem em Moabe e recomeçarem suas vidas. Noemi tomou decisão e deixou que suas noras tomassem suas decisões. Exemplo de sogra líder!
Rute insistiu em acompanhar Noemi, com essas belas palavras:
“Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei!
O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada.
Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti!” (Rute 1.16,17).
Essas palavras demonstram um amor e uma devoção profunda de Rute, pela pessoa e pelo Deus de Noemi. Se não fosse o apego de Rute, Noemi teria começado do zero. Com Rute, Noemi começou do ponto um. Rute foi a bênção conquistada em meio as lágrimas de Noemi, a resposta benevolente de Deus. Rute é a prova de que é possível existir real conversão ao Deus verdadeiro, mesmo em terra pagã.
Chegando à Casa do Pão
Entrando elas na Casa de Pão (este é o significado hebraico de Belém), houve comoção total na cidade, por causa delas, e diziam: “Não é esta Noemi?”
Mas ela respondeu: “Não me chamem Noemi, chamem-me Mara, pois o Todo-Poderoso tornou minha vida muito amarga! De mãos cheias eu parti; mas de mãos vazias o Senhor me trouxe de volta. Por que me chamam Noemi? O Senhor colocou-se contra mim! O Todo-Poderoso me trouxe desgraça!” (Rute 1.20,21). Ainda que os problemas surgiram devido ao pecado da nação, causando a separação entre o povo e seu Deus, Noemi reconhece que as aflições procedem de Deus. O Senhor Todo-Poderoso não causa angústia, mas permite. Sua vontade baseia-se em seus propósitos perfeitos. Percebemos que o Senhor utilizou os problemas para trazer Rute a Belém, dando continuidade a genealogia do Messias.
Com esposo e filhos, tinha tudo, apesar da fome. Sem esposo e filhos, não tinha nada, apesar das boas colheitas. A família é nosso bem precioso. Mas Deus não desamparou Noemi. Havia uma esperança. Deus trouxe Rute, a estrangeira, para começar a nova história.
2. Indo ao campo de Boaz, o parente próximo
Ao retornar para sua terra natal, Noemi e Rute enfrentaram diversas dificuldades. Noemi estava viúva e sem filhos, o que naquela época era uma situação muito difícil para uma mulher. Rute era estrangeira e não conhecia a cultura e os costumes daquela região. No entanto, juntas, elas enfrentaram esses desafios de forma corajosa e determinada.
Noemi tinha um parente por parte do marido. Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e chamava-se Boaz (Rute 2.1). Observamos aqui a possibilidade de haver ricos e pobres na mesma família (familiares). Boaz não era ruim, servindo ao mesmo Deus de Elimeleque. As terras para o plantio estavam divididas entre todos desde a posse da terra prometida. O tempo de aperto levou Elimeleque para fora de sua terra, enquanto Boaz manteve sua raiz. A riqueza e a pobreza é uma questão de mentalidade. Jesus disse: “os pobres, sempre os tendes convosco” (João 12.8). Esse estado atual de pobreza e riqueza não tem nada a ver com o dom gratuito da salvação em Cristo (Romanos 6.23). Sabendo que a questão está na mentalidade, a melhor decisão é ser rico.
Rute colheu na lavoura até o entardecer. Depois debulhou o que tinha ajuntado: quase uma arroba de cevada (cerca de 36,4 litros). Carregou-a para o povoado, e sua sogra observou o quanto ela havia recolhido quando Rute trouxe e lhe ofereceu o que havia sobrado da refeição (Rute 2.17,18). Ela seguiu o mesmo princípio que após 1300 anos seria defendido por Cristo: “juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca” (João 6.12). Mesmo na condição de serva, demonstrou ser boa gestora, e produtiva na colheita, jamais desperdiçando as oportunidades. Sua humildade era verdadeira, pois não a fazia estagnar-se, e sim, engajar. A colheita até o entardecer, mostra a constância na providência de mantimentos. A debulha demonstra continuidade persistente. Ao carregar a colheita até seu povoado, Rute nos passa a ideia de serviço consumado, ao debulhar a cevada antes do transporte, não deixando pendências.
Rute oferece muitas lições valiosas para nossa vida cotidiana. Além das lições sobre constância, persistência e conclusão de tarefas, podemos aprender mais algumas coisas com a história de Rute, o perfil de uma nora virtuosa:
a. Bondade e generosidade: Rute é muito bondosa e generosa com Noemi, tanto em palavras quanto em ações. Ela se preocupa com o bem-estar de Noemi e faz tudo o que está ao seu alcance para ajudá-la.
b. Coragem: Rute é corajosa ao sair para colher espigas sozinha, expondo-se a possíveis perigos.
c. Humildade: Rute é humilde ao pedir permissão para colher espigas no campo de Boaz e ao se curvar diante dele em agradecimento.
d. Confiança em Deus: Rute confia em Deus para prover para ela e Noemi, e sua fé é recompensada. Deus abençoa sua colheita.
Assim, Rute ficou com as servas de Boaz para recolher espigas, até acabarem as colheitas de cevada e de trigo. Entretanto, ela ficou morando com a sua sogra (Rute 2.23). Continuou dando apoio a sua sogra, agindo como filha, cumprindo a promessa feita em Moabe. Essa atitude contribuiu para que Noemi levantasse seu estado de espírito e sua autoestima. É muito importante que, na família, haja pessoas dispostas animar às outras. Isso se estende além do relacionamento entre nora e sogra, sendo uma necessidade de toda a família.
3. Um presente para Boaz
Noemi deu instruções a Rute: “Lave-se, perfume-se, vista sua melhor roupa e desça para a eira. Mas não deixe que ele perceba você até que tenha comido e bebido. Quando ele for dormir, note bem o lugar em que ele se deitar. Então vá, descubra os pés dele e deite-se. Ele lhe dirá o que fazer”. Respondeu Rute: “Farei tudo o que você está me dizendo” (Rute 3.3-5).
Noemi aconselhou sua nora a se arrumar, perfumar-se e surpreender Boaz. Mas por que essas atitudes são importantes? Vejamos:
Asseio, perfume e surpresa!
O asseio é um aspecto fundamental na vida de qualquer pessoa, seja homem ou mulher. Manter-se limpa e bem cuidada é essencial para qualquer mulher, demonstrando sua autovalorização e respeito ao seu futuro parceiro conjugal.
O uso de um perfume agradável pode ser uma maneira de despertar os sentidos do parceiro e criar uma conexão emocional. O perfume utilizado moderadamente pode ser uma forma de expressar a personalidade da mulher.
Por fim, a surpresa é uma forma de demonstrar amor e carinho. Quando Rute surpreendeu Boaz com sua presença inesperada, demostrou se importar com ele e sua disposição em tornar o relacionamento mais especial. A surpresa pode ser algo simples, como uma mensagem de amor ou um gesto carinhoso, ou algo mais elaborado. Na história de Rute, ela foi a surpresa, a linda surpresa, um presente especial!
A aparência é apenas um aspecto superficial que não pode substituir o amor e o carinho, cultivados em um relacionamento saudável e duradouro. A mulher deve cuidar de si mesma não apenas para agradar o parceiro, mas também para se sentir bem consigo mesma e desfrutar de um relacionamento feliz e satisfatório.
Em nossos dias, muitas jovens se preparam muito bem para seu namorado. Mas precisam aprender com Rute a discernir o chão onde pisam. Muitas estão de olhos fechados para os demais aspectos e contraem um relacionamento doentio, infrutífero.
Rute aproximou-se sem ser notada, descobriu os pés de Boaz, e deitou-se (Rute 3.7). Rute sabia quem era Boaz, e deitou-se aos pés daquele homem virtuoso. Em breve se deitaria em seus braços.
No meio da noite, sabe o que aconteceu? Boaz acordou de repente. Ele se virou e assustou-se ao ver uma mulher deitada a seus pés.
“Quem é você?”, perguntou ele. “Sou sua serva Rute”, disse ela. “Estenda a sua capa sobre a sua serva, porquanto és parente próximo, resgatador”.
Boaz lhe respondeu: “O Senhor a abençoe, minha filha! Este seu gesto de bondade é ainda maior do que o primeiro, pois você poderia ter ido atrás dos mais jovens, ricos ou pobres! Agora, minha filha, não tenha medo; farei por você tudo o que me pedir. Todos os meus concidadãos sabem que você é mulher virtuosa […] prometo por Deus, o Senhor, que ficarei com essa responsabilidade. Agora deite-se e durma de novo”. Então Rute passou o resto da noite deitada aos pés dele (Rute 3.8-11; 13,14). Certamente Boaz estava radiante, e amou a surpresa, o presente perfumado. É possível imaginar o que se passou na cabeça de Boaz? Um filme do futuro matrimônio? Um coração nas nuvens? Batimentos cardíacos acelerados? Tudo ao mesmo tempo?
É bela a união de um gentleman com uma mulher virtuosa. Deus realiza essas coisas.
Boaz disse: — Tire a sua capa e estenda no chão. Ela estendeu, e ele despejou na capa uns vinte quilos de cevada e a ajudou a pôr no ombro. Aí Rute voltou para a cidade (Rute 3.15). Quase um dia inteiro de trabalho, entregue em um momento. Rute estava no lugar certo e com as atitudes certas, sendo presenteada. É possível imaginar o que se passava na cabeça de Rute, no caminho para a casa de sua sogra? Estaria conversando consigo mesma, em sussurros, com a típica pergunta feminina: 'agi corretamente?' Seus olhos brilhavam certamente. O nome Rute significa “amiga”, “companheira”. Era desta companhia que Boaz precisava.
Noemi disse: — Agora, minha filha, tenha paciência e espere para ver o que vai acontecer. Pois Boaz não descansará enquanto não resolver esse assunto, ainda hoje (Rute 3.18). Certamente, a riqueza é uma questão de mentalidade e a característica de quem é verdadeiramente rico, é jamais perder oportunidades. Boaz fez jus ao significado de seu nome: “rapidez”, “força”.
4. A hora da verdade
Nos tempos bíblicos, antes da monarquia em Israel, as questões eram geralmente resolvidas por meio de um sistema de justiça que envolvia anciãos e líderes da comunidade. Esses líderes eram responsáveis por tomar decisões em questões legais e outras questões importantes que afetavam a comunidade.
O livro de Rute fornece um exemplo desse sistema de justiça em ação. Quando Boaz decidiu se casar com Rute, ele primeiro teve que resolver uma questão legal com o parente mais próximo de Elimeleque, que tinha o direito de redimir a propriedade em poder de Noemi e se casar com Rute.
Na praça da cidade
Boaz foi até a praça que ficava ao lado do portão da cidade e sentou-se ali. Nesse momento apareceu o parente mais chegado de Elimeleque, aquele de quem Boaz havia falado a Rute. E Boaz lhe disse: — Meu amigo, venha aqui e sente-se. Ele foi e sentou-se.
Então Boaz chamou dez pessoas importantes da cidade e disse: — Sentem-se aqui. Eles se sentaram (Rute 4.1,2). A Bíblia omite o nome deste outro parente, por isso, daremos a ele o nome Ariel, para fins didáticos. Que poder e honra tinha Boaz!
Boaz disse a Ariel: “Noemi, que voltou de Moabe, está vendendo o pedaço de terra que pertencia ao nosso irmão Elimeleque. E eu decidi trazer o assunto para a sua consideração e sugerir-lhe que o adquira, na presença destes que aqui estão sentados e na presença dos líderes do meu povo. Se quer resgatar esta propriedade, resgate-a. Se não, diga-me, para que eu o saiba. Pois ninguém tem esse direito, a não ser você; e depois eu”.
E Ariel respondeu: “Eu a resgatarei”.
Boaz, porém, lhe disse: “No dia em que você adquirir as terras de Noemi e da moabita Rute, estará adquirindo também a viúva, para manter o nome de Malom em sua herança”.
Diante disso, Ariel respondeu: “Nesse caso não poderei resgatá-la, pois poria em risco a minha propriedade. Resgate-a você mesmo. Eu não poderei fazê-lo!” (Antigamente, em Israel, para que o resgate e a transferência de propriedade fossem válidos, a pessoa tirava a sandália e a dava ao outro. Assim oficializavam os negócios em Israel). Quando Ariel disse a Boaz: “Adquira-a você mesmo!”, ele também tirou a sandália. Ariel tinha família, e quem contraísse matrimônio com Rute, estaria dando aos filhos desta a herança em nome do falecido Malom.
Então Boaz anunciou aos líderes e a todo o povo ali presente: “Vocês hoje são testemunhas de que estou adquirindo de Noemi toda a propriedade de Elimeleque, de Quiliom e de Malom.
Também estou adquirindo o direito de ter como mulher a moabita Rute, viúva de Malom, para manter o nome do falecido sobre a sua herança e para que o seu nome não desapareça do meio da sua família ou dos registros da cidade. Vocês hoje são testemunhas disso!”
E as autoridades disseram a Boaz: — Somos testemunhas! O Senhor faça com que essa mulher, que veio para o seu lar, seja como Raquel e Leia, que deram muitos filhos a Jacó, tornando-se assim as mães da nação israelita! Que você seja rico e famoso em Belém-Efrata! Que os filhos que o Senhor lhe der neste casamento façam com que a sua família seja como a família de Peres, filho de Judá e de Tamar! (Rute 4.3-12). As autoridades proferiram bênçãos a Boaz, em Nome do Senhor, Deus de Israel. Isso é muito lindo!
O casamento
Então Boaz levou Rute para casa, para ser a sua mulher. E o Senhor deu a Rute a bênção de ficar grávida, e ela deu à luz um filho. E as mulheres disseram a Noemi:
— Louvado seja o Senhor, que lhe deu hoje um neto para cuidar de você! Que este menino seja famoso em Israel! Que ele seja um consolo para o seu coração e lhe dê segurança na velhice! A sua nora, a mãe do menino, a ama; e ela vale para você mais do que sete filhos.
Os filhos são bênçãos concedidas por Deus. Papai e mamãe, como vocês tem conduzido esta bênção? Cuide bem de sua bênção, com alimentação saudável, momentos de recreação, conselhos para a vida, dando-lhe a proteção, a direção e os limites. Abra sua boca e deixe fluir palavras de bênção aos seus filhos, e assim será. Rute recebeu dupla honra: um esposo e um herdeiro.
Noemi pegou o menino no colo e cuidou dele. Ao vê-lo, as mulheres da vizinhança diziam:
— Nasceu um filho para Noemi!
E lhe deram o nome de Obede. Obede veio a ser o pai de Jessé, que foi o pai do rei Davi (Rute 4.13-16). Isso marcou a transição da nobreza. O tempo dos juízes estava chegando ao fim. Davi, o salmista messiânico, o jovem pastor e harpista do Senhor estava chegando. Deus mudou a situação de Noemi e Rute. Deus virou a página!
Noemi foi uma mentora para Rute, ensinando-a sobre sua cultura e religião do único Deus verdadeiro, o Deus de Israel. Rute, por sua vez, foi uma companheira fiel para Noemi, ajudando-a em suas tarefas diárias e cuidando dela em sua velhice.
O exemplo de Noemi e Rute nos mostra que é possível ter um relacionamento saudável e harmonioso entre nora e sogra. Para isso, é preciso haver amor, respeito e compreensão entre as duas partes. É importante que a nora reconheça a importância da mãe de seu marido em sua vida, e que a sogra veja a nora como uma nova integrante da família, e não como uma ameaça.
Aprendemos que o bom convívio entre nora e sogra pode ser um muro de proteção contra as dificuldades da vida. Quando as duas mulheres se uniram, elas conseguiram superar os obstáculos que encontraram pelo caminho e construir uma relação duradoura e significativa.
5. Casamento no século XXI. Tudo começa no namoro
Namoro não é apenas a oportunidade de comer um X-Burger juntos. É onde começa o diálogo. Uma coisa deve ficar alinhada entre o futuro casal: o homem deixa a casa de seus pais para unir-se à sua mulher, e ela, igualmente (Gênesis 2.24). Os filhos devem obediência e respeito aos pais enquanto estão sob seus cuidados. Após o casamento, apenas o respeito. Assim, o casal deve assumir a total liderança, tomando as decisões a dois, sob pena de haver conflitos.
No contexto onde a sogra lidera o casal, está faltando atitude. Quando o casal se mostra estruturado, experiente, maduro, a sogra não interfere, por saber que tudo está bem.
Como saber, rapaz, se você terá uma boa sogra?
Entrando na casa de sua possível sogra, você consegue “pegar no ar” algumas informações. Observe o ambiente e responda:
A comunicação familiar é sadia?
É impossível evitar os conflitos, mas essa família os administra e soluciona?
Sua namorada é prendada ou travada?
Como saber moça, se você terá uma boa sogra?
Observe os detalhes, sabendo que é impossível mascarar hábitos. Responda:
Seu namorado tem autonomia, ou precisa de empurrões do pai?
Quando o seu possível sogro pressiona seu namorado, a mamãe entra em defesa do filhão? (cuidado, é mimadão. Possivelmente não seguirá trajetória a dois).
O rapaz pensa com a língua? Cuidado! Quem é precipitado em palavras é como uma cidade sem proteção (Confira Provérbios 25.28 e 29.20).
Essa família cuida da saúde financeira? (não se case com rapaz enrolado, preso nas dívidas!).
Não deixe a paixão falar mais alto. Seu futuro merece paz e segurança.
Aos casais
Assim como qualquer relacionamento, a relação com a sogra requer esforço mútuo, e a comunicação é fundamental. Tente se comunicar com a sua sogra de uma maneira respeitosa e empática, ouvindo atentamente suas opiniões e evitando julgamentos precipitados.
O simples fato de ser cristão pode causar divisão entre nora e sogra, quando uma das partes não segue a mesma fé. Estarão divididos pai contra filho e filho contra pai, mãe contra filha e filha contra mãe, sogra contra nora e nora contra sogra (Lucas 12.53).
É importante mostrar gentileza, educação e cordialidade com sua sogra. Mostrar interesse pelas coisas que ela gosta e tentar estabelecer uma conexão com ela pode ajudar a construir uma relação mais harmoniosa, respeitando as tradições e os valores dela, mesmo que eles sejam diferentes dos seus.
Por fim, lembre-se de que a relação com sua sogra não precisa ser perfeita, mas deve ser respeitosa e amigável. Se houver problemas, tente abordá-los com calma e de maneira respeitosa, buscando soluções em conjunto. Resumindo:
Respeitem seus sogros.
Sejam independentes financeiramente.
Tomem decisões a dois e tenham moradia própria.
Deus vos abençoe!
Referências:
Dicionário de Nomes Próprios. https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/ Acesso em 20/04/2023.
SWAGGART, Jimmy. Bíblia de Estudo do Expositor: Versão Textual Expositora. 2. ed. rev. Baton Rouge: Ministério de Jimmy Swaggart, 2015. 2452 p. v. 1. ISBN 789-85-218-1597-4. Adquira esta Bíblia no site da Amazon.
YouVersion. https://www.bible.com/pt/bible/211/RUT.1.NTLH Acesso em 20/04/2023.
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