Ó, Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual professando-a alguns, se desviaram da fé (1 Timóteo 6.20,21).
Como evocar um ateu como autoridade em assuntos teológicos e religiosos, confirmando suas palavras como se fossem a resposta definitiva em faculdades conceituadas? Isso é, no mínimo, tendencioso. Se o aluno se deixar ser amoldado por conceitos de Durkheim, será mais um ateu.
Estão ensinando isso em faculdade teológica
Segundo Émile Durkheim, sociólogo francês, “não há religião falsa, todas são verdadeiras a seu modo” (Livro As formas elementares da Vida Religiosa, Paris, 1912). Durkheim foi um sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Considerado o pai da sociologia, de raízes judaicas, porém, apóstata, deixando o Deus de seus pais.
Antes de começar seus estudos, guarde o bom depósito da fé, os ensinos bíblicos cristãos, com suas experiências reais, que o homem natural não compreende, mas Deus nos revelou por seu Espírito (1 Coríntios 2.10).
As faculdades teológicas, em sua maioria, apartaram-se da simplicidade do evangelho. Enquanto uma faculdade com viés religioso forma teólogos para combater contra a Bíblia, encontrando “erros”, as “ditas” faculdades teológicas seculares não reconhecem o Deus bíblico como o único verdadeiro, ensinando a teologia dos deuses, um verdadeiro caldeirão de religiões, crenças e ocultismo, dando voz a sociólogos naturalistas ateus. Isso explica a má formação dos teólogos do nosso tempo, escapando apenas um remanescente que não se deixa amoldar, examinando tudo, e retendo o que é bom (1 Tessalonicenses 5.21; Apocalipse 2.25).
A igreja está de pé devido à inversão criada pelo próprio Deus, de ocultar a verdade do evangelho aos sábios e entendidos, e revelar aos pequeninos (Mateus 11.25). Sim, enquanto muitos teólogos mordem-se e se devoram, os pequeninos de Deus alegram-se na Palavra viva e eficaz, deleitando-se nas promessas do Senhor e dando frutos, como árvore plantada junto aos ribeiros de águas.
Qual a verdadeira religião?
Quem segue o ensino bíblico como única regra de fé e prática sabe que “a religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1.27). Não é, portanto, o modo preconcebido pelas pessoas individualmente, mas a verdade revelada por Deus. Se temos um Deus, o único Deus verdadeiro, reconhecendo-o como Deus e Pai, então seguimos suas ordens. As ditas religiões cujos pais são seus líderes, não estando sujeitas ao padrão bíblico, não devem ser consideradas verdadeiras.
Fazer o bem, resolver problemas dos necessitados, qualquer um que se considere religioso realiza perfeitamente. Guardar-se da corrupção do mundo, é algo além de nossa capacidade moral. Nosso único recurso é o sacrifício do Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29). Jesus se declarou exclusivo ao referir-se como o caminho. Caminho para Deus, religação com Deus, portanto, religião, só Jesus! Para que alguém não diga ser isto um exclusivismo capitalista, defendo, biblicamente, que a salvação é dom gratuito de Deus, à disposição dos mais nobres, como José de Arimateia (Mateus 27.57) e dos que não têm prata e nem ouro, como Pedro e João (Atos 3.6).
A verdadeira religião não consiste em religiosidade, tradições que desconsideram o amor e nos afastam de Deus. Consiste sim, na experiência real com Deus, e no refletir da glória do Senhor ao mundo.
Todas as religiões são comparáveis?
Durkheim considerou a possibilidade de comparar todas as religiões. Possa haver liturgias parecidas, mas o culto é certamente direcionado a alguém: Quem adora a natureza, ou a si mesmo, ou a imagens de barro, gesso, ouro, madeira, prata e bronze, está ligado a algo, mas está equivocado e cauterizado. Quem adora a demônios, é cativo desses espíritos maus, poderosos, numerosos, mas limitados, causadores de males e não do bem, ainda que camuflados utilizando-se de meias verdades, as quais são outra maneira de se denominar a mentira.
Ciência e Ciências da Religião
Segundo o dicionário online Michaelis, ciência, substantivo feminino, é o “conhecimento sistematizado como campo de estudo”.
As ciências da religião atendem a pesquisa das manifestações religiosas em seus estatutos e liturgias, sem considerar o aspecto transcendental, pois as ciências humanas, apesar de sua contribuição, são limitadas, não podendo adentrar o mundo espiritual, a quarta dimensão. Por isso, irmãos, guardem a sua fé, sua intimidade e experiência com Deus. Todo o conhecimento humano deve submeter-se a Cristo, para não ser infrutuoso.
Os estudiosos da ciência da religião, estudam também os mitos e filosofias e o perigo consiste na tentativa da comparação. A Bíblia Sagrada é incomparável, superando a todos os mitos e dando resposta aos sinceros, sejam cientistas e filósofos ou iletrados. Lançando mão uma vez mais do dicionário online Michaelis, temos uma das definições da palavra mito: uma pessoa ou um fato cuja existência, presente na imaginação das pessoas, não pode ser comprovada; ficção. Baseado nesta definição, asseguro ser vã sutileza comparar a verdade do evangelho, como exposta na Bíblia, com os mitos, comparação realizada abertamente pelos instrutores das faculdades teológicas seculares.
Embora os cientistas da religião garantam apenas mostrar resultados de pesquisas como prova e fundamento de suas conclusões, devemos considerar suas influências individuais. Assim, se algum desses estudiosos for temente a Deus, jamais intentará contra o “Está escrito”, a Palavra firme, real e verdadeira de Deus. Se o estudioso for um incrédulo, haverá duas opções: ou manifestará sua visão de incredulidade, ou será sincero, submetendo-se a Cristo.
Em suma, toda pesquisa científica para entender as religiões, compreenderá apenas as organizações humanas. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para poder instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo (1 Coríntios 2.14-16). Aqueles que têm a Mente de Cristo veem as coisas como Deus as vê (Swaggart).
Em Jesus estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Colossenses 2.3). Jesus é Deus, e por sua graça e bondade desvenda a sabedoria e ciência ao ser humano. Todos os tesouros da ciência, e não apenas uma parte, pertencem a Jesus Cristo.
E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência (Jeremias 3.15). A característica dos pastores segundo o coração de Deus é apascentar o rebanho com ciência.
Deus concede o dom da palavra da ciência. Sendo um dom distinto, você pode buscar em Deus e receber esse dom para o serviço na obra do Senhor. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência (1 Coríntios 12.8).
O amor é o dom supremo, maior que a ciência: O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá (1 Coríntios 13.8).
Jesus condena o abuso de poder pelos detentores da ciência, mesmo que se denominem religiosos e piedosos. Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam (Lucas 11.52).
Cuidado com a falsa ciência!
A falsa ciência traz o naufrágio da fé. O apóstolo Paulo aconselhou o jovem pastor: Ó, Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual professando-a alguns, se desviaram da fé (1 Timóteo 6.20,21). Muitos estudantes de teologia perdem seu tempo com a tal ciência especulativa, duvidando do que antes acreditavam, abandonando o primeiro amor.
É possível ser um cientista cristão
Daniel e seus amigos, servos do Deus Altíssimo, eram doutos em ciência, dez vezes mais sábios que todos no reino babilônico (Daniel 1.4, 20). Quem decide servir ao verdadeiro Deus, terá automaticamente o entendimento que os cientistas estão pesquisando até hoje e muito mais.
Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz (Daniel 2.20-22).
Pesquisadores sem resposta
Os pesquisadores de Ciências da Religião, estão, ainda, sem resposta quanto à definição de religião e de Deus (citado por eles como deus, ou um deus, como se a divindade fosse fruto da mente humana). Biblicamente, permanecem inescusáveis diante do único e verdadeiro Deus, pois o que se pode conhecer de Deus, está claramente revelado através das coisas criadas.
O que mais contribui para a má interpretação no campo religioso, são as crenças falsas, sem o devido respaldo bíblico.
Outros problemas:
- O uso de nomes religiosos para fins de dominação e comércio, práticas reprovadas pela Bíblia:
Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho (1 Pedro 5.3).
E por avareza farão de vós negócio (2 Pedro 2.3).
Ninguém vos domine a seu bel-prazer (Colossenses 2.18).
Mesmo com as pedras postas no caminho do verdadeiro evangelho, as promessas de Jesus permanecem firmes:
As portas do inferno não prevalecerão contra ela [a igreja de Cristo, única e verdadeira religião] (Mateus 16.18).
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim (Mateus 24.14).
- O comichão nos ouvidos daqueles que rejeitam a verdade:
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências (2 Timóteo 4.3).
- A apostasia (abandono da fé), pela consciência cauterizada.
Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios (1 Timóteo 4.1).
Lembrando que a serpente no jardim do Éden, não se mostrou peçonhenta e ameaçadora, mas sedutora. As doutrinas de demônios mostram-se desse modo ainda hoje. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo (2 Coríntios 11.3).
Aos que creem no Nome de Jesus, é dado autoridade para pegar nas serpentes (Marcos 16.18). Ou seja, o evangelho traz pessoas das trevas para a luz, a verdadeira luz de Deus, e as trevas não prevalecerão.
O evangelho mostra distinção
A Ciência da Religião é o estudo das religiões comparadas, apelando para a laicidade e rejeitando a apologética. Na verdade, o conhecimento do evangelho de Jesus Cristo, de modo simples e puro, mostra a distinção entre luz e trevas, verdade e mentira, o santo e o profano. A verdade do evangelho é um axioma, sendo clara como a luz e transparente como a água.
Devemos ser mais civilizados ao apresentar o evangelho da salvação aos que ainda não o conhecem, mas desejam.
Suponhamos que um pesquisador científico procurasse alguns teólogos com o fim de buscar uma base sólida no conhecimento cristão. O que ele encontraria?
Sou contra a doutrina calvinista, sou arminiano.
Sou pelagiano, nem calvinista e nem arminiano.
Sou contra os unicistas, pois sou a favor da ortodoxia trinitária de Atanásio.
Sou conservador, não gosto de músicas gospel muito agitadas.
Encontrei erros na Bíblia. (o quê? O mesmo teólogo que bebe na fonte a difama?)
É pecado jogar bola.
Sejamos sinceros: isso edifica? Traz conhecimento? Manifesta a verdade do evangelho? Nunca!
Se todos os teólogos, a uma só voz, disserem: Jesus Cristo é o único salvador, ele é Deus, a vida eterna está nele. Creia no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa, e, quando questionados sobre a razão de sua esperança, narrassem suas experiências pessoais de transformação em Cristo, os resultados seriam mais rápidos. Isso não é o que acho ou deixe de achar, é resposta bíblica.
A maioria está mais disposta a “vender o seu peixe”, utilizando suas próprias ferramentas, múltiplas apologéticas, sem deixar a Bíblia falar. Por isso, o próprio Deus proveu sabedoria aos homens para o aumento da ciência e desenvolvimento tecnológico, para que o evangelho do Reino corra velozmente e se espalhe pelo mundo.
Conclusão
Meu conselho aos pequeninos de Deus é para guardarem sua fé até o fim. Uma coroa de glória está reservada para vocês, irmãos!
Meditem na letra desta canção, e caso queiram, basta clicar para ouvir no YouTube
Música: Conteúdo
Grupo Logos
Composição: Paulo Cezar
Não quero ser como nuvem sem água levada por ventos daqui, ou de lá…
Eu não quero ser árvore achada sem frutos no pé.
Quero ter conteúdo, sabendo de tudo em volta de mim,
mas nunca trocando a viva Palavra pelo que eu achava ou deixe de achar.
Eu quero ter uma música suave, que tire os entraves daqui, ou de lá…
Deus não quer que pecados se escondam no meu coração.
Quero ter conteúdo, sabendo de tudo em volta de mim,
mas nunca trocando a viva Palavra pelo que eu achava ou deixe de achar.
É meu dever, ajudar a abrir muitos olhos que estão por aqui, ou por lá…
com ideias tão dúbias, ainda afastados da luz.
Quero ter conteúdo, sabendo de tudo em volta de mim,
mas nunca trocando a viva Palavra pelo que eu achava ou deixe de achar.
Quero ter conteúdo sabendo de tudo em volta de mim,
mas nunca trocando a viva Palavra pelo que eu achava ou deixe de achar...
Referências:
Wikipédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Émile_Durkheim
Dicionário online Michaelis. https://michaelis.uol.com.br/
SWAGGART, Jimmy. Bíblia de Estudo do Expositor: Versão
Textual Expositora. 2. ed. rev. Baton Rouge: Ministério de Jimmy
Swaggart, 2015. 2452 p. v. 1. ISBN 789-85-218-1597-4.
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