Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 5.23).
Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração (Hebreus 4.12).
Vida após a morte?
Estamos na linha do tempo chamada hoje, aqui e agora. A eternidade passada, bem como a futura, pertencem a Deus (Salmo 90.2). Ainda assim fica a indagação: “Qual será o fim dessas coisas?” (Daniel 12.8), “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos” (Mateus 24.3). Antes que chegue o fim de todas as coisas, gerações vem e vão, e outra dúvida assalta os corações: “existe vida após a morte?”, “tenho uma alma consciente dentro de mim, ou sou a alma?”. Recorramos às descobertas recentes:
Estudos científicos
Segundo o Diário da Saúde, recentemente, um estudo científico inédito mostrou que a consciência da pessoa não morre imediatamente quando o coração para de bater. As pesquisas comprovaram que experiências como ver passar a vida diante dos olhos ou ter a sensação de estar saindo do próprio corpo não são alucinações.
O estudo encontra-se em fase de revisão por outros cientistas para sua publicação completa, o que deve ocorrer em 2023.
Lucidez em paradas cardíacas
O estudo, conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, concluiu que uma, a cada cinco pessoas que sobrevivem à reanimação cardiopulmonar depois de uma parada cardíaca, consegue descrever experiências de lucidez sobre a morte que ocorreram enquanto elas estavam aparentemente inconscientes e sem batimentos cardíacos.
A equipe de Sam Parnia pretendia responder duas perguntas:
Quais são as experiências das pessoas quando o coração para de bater e elas são reanimadas, e
Saber se é possível encontrar marcadores cerebrais que confirmem os relatos de pessoas que afirmam ter experimentado consciência lúcida.
“Todo mundo tem sonhos aleatórios, os quais são todos diferentes,” segundo Parnia. “Mas, com a experiência da morte, as pessoas mencionam cinco temas principais, mesmo que não se conheçam, e esses temas são maravilhosamente agrupados.”
Esses grupos são: avaliação da vida, sensação de retornar ao corpo, percepção de separação do corpo, percepção de se dirigir a um destino e retorno a um lugar, que é percebido como lar.
Entre as declarações coletadas no estudo, diversos pacientes se recordaram de terem feito uma avaliação das suas vidas e fizeram afirmações como:
“Fiz uma revisão da vida e, durante essa revisão, voltei a ver cenas da minha vida.”
“Toda a minha vida passou à minha frente… no princípio, foi muito rápido. Depois, alguns momentos se desaceleraram. Tudo me foi mostrado, todos os que ajudei e todos os que magoei.”
“Minha vida e todos os seus acontecimentos começaram a se reproduzir na minha mente, mas de uma forma muito clara, real e viva.”
Outros afirmaram terem vivido uma separação do corpo; outros, a sensação de retornar ao corpo:
“Deixei o meu corpo.”
“Disseram-me que não era a minha hora e que eu precisava retornar ao meu corpo.”
“Eu me senti como se me atirassem de volta para o meu corpo.”
“Descobri que havia um ser ao meu lado… era uma presença reconfortante, uma presença tranquilizadora, mas também uma presença de magnitude e poder.”
Já outros tiveram a percepção de se dirigir a um destino e regressar a um lugar que eles sentiam que fosse o seu lar:
“Olhei para cima e vi o meu destino.”
“Não é que eu estivesse em um túnel. Era como se fosse criado um túnel à minha volta devido à incrível velocidade da minha viagem.”
“Passei por um túnel com grande velocidade. Era maravilhoso e não queria voltar.”
“Sabia que estava em casa.”
“Eu queria ir para a luz. Queria voltar para casa.”
A Bíblia traz respostas firmes, proponho conferirmos:
Experiência durante a vida
Paulo relatou a experiência de ir ao terceiro céu. A visão foi tão forte, tão real que o mesmo não sabia afirmar se sua experiência foi no corpo, ou fora do corpo. Segue o seu relato: É necessário que eu continue a gloriar-me com isso. Ainda que eu não ganhe nada com isso, passarei às visões e revelações do Senhor.
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem — se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe — foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar (2 Coríntios 12.1-4 NVI).
Arrebatamento no passado e no futuro
Enoque (Gênesis 5.24; Hebreus 11.5) e Elias (2 Reis 2.11, 17,18) foram arrebatados ao céu dos céus, terceiro céu, presença de Deus. Isso nos dá o entendimento da realidade da quarta dimensão. Estes dois profetas subiram integralmente, espírito, alma e corpo. Nestes casos, o mortal foi revestido da imortalidade, o corruptível, revestido da incorruptibilidade, prenunciando o que Deus fará com a igreja em um tempo desconhecido pela humanidade, marcado na agenda de Deus (1 Coríntios 15.53,54). Isso é o passar da vida terrena para o viver celestial, eterno.
A morte do cristão
Em seu comentário Bíblico, Pearlman ensina: A morte é o primeiro efeito ou manifestação externa e visível do pecado, e será o último efeito do pecado do qual seremos salvos. Romanos. 5.12; 1 Coríntios 15.26. O Salvador aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade (“Incorrupção”) através do evangelho (2 Timóteo 1.10). A palavra “abolir” significa anular ou tornar negativo. A morte é anulada como sentença de condenação e a vida é oferecida a todos. Entretanto, embora a morte física continue a manifestar-se, ela se torna uma porta para a vida no caso daqueles que aceitam a Cristo.
O estado intermediário dos mortos
Por estado intermediário, queremos dizer o estado dos mortos entre a morte e a ressurreição. Deve-se observar cuidadosamente que os justos não entram em sua recompensa final, nem os ímpios em sua punição final, até depois de suas respectivas ressurreições. Ambas as classes estão em um estado intermediário, aguardando esse evento. Os cristãos que partiram vão ficar “com o Senhor”, mas não recebem sua recompensa final. O estado intermediário dos justos é de descanso: Então ouvi uma voz do céu dizendo: “Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão” (Apocalipse 14.13), espera: vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: “Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?” Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles (Apocalipse 6.9-11), atividade: por isso, eles estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo (Apocalipse 7.15) e santidade: estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro (Apocalipse 7.14). Os ímpios também passam para um estado intermediário, onde aguardam sua punição final, que ocorre após o julgamento do Trono Branco, quando a Morte e o Hades são esvaziados (tradução literal) no lago de fogo (Apocalipse 20.14).
Comunicação com os espíritos é possível?
O Espiritismo ensina que podemos nos comunicar com os espíritos que partiram, sendo essas comunicações conseguidas por meio de um “médium”. Mas observe:
(1) A Bíblia proíbe expressamente consultar tais “médiuns”; a própria proibição indica a presença do mal e o perigo de tal prática (Levítico 19.31; 20.6,7; Isaías 8.19). É vão os espíritas citarem o exemplo de Saul, pois aquele infeliz pereceu por consultar uma bruxa (1 Crônicas 10.13).
(2) Os mortos estão sob o controle de Deus, o Senhor da vida e da morte, e não podem, portanto, estar sujeitos a médiuns. Veja, por exemplo, Apocalipse 1.18, onde o Senhor Jesus diz: Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades. Confira também, Romanos 14.9: por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos.
O relato do homem rico e de Lázaro afirma que os falecidos não têm permissão para se comunicar com os vivos. “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e vivia no luxo todos os dias. Diante do seu portão fora deixado um mendigo chamado Lázaro, coberto de chagas; este ansiava comer o que caía da mesa do rico. Em vez disso, os cães vinham lamber as suas feridas. “Chegou o dia em que o mendigo morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão (presença imediata no paraíso). O rico também morreu e foi sepultado. No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado (presença imediata no lugar de tormento e consciência plena). Então, chamou-o: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento. E, além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem’. Ele respondeu: ‘Então eu lhe suplico, pai: manda Lázaro ir à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento’. Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam’. ‘Não, pai Abraão’, disse ele, ‘, mas se alguém dentre os mortos fosse até eles, eles se arrependeriam’. Abraão respondeu: ‘Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos’ (a única forma legítima para os irmãos do homem rico ouvirem o evangelho pregado por Lázaro, seria a ressurreição. Aqui a mediunidade é desmentida). (Lucas 16.19-31).
Hodge (pp. 22–23), diz: se for um fato bíblico que a alma existe em um estado de atividade consciente entre a morte e a ressurreição, não devemos negar esse fato ou reduzir essa atividade consciente a zero, porque nossa antropologia ensina que a alma não tem individualidade e nem atividade sem corpo.
Conclusão
Pela descoberta científica, concluímos que mais uma vez a Bíblia tem razão! Quem duvidou do que já estava escrito, agora tem o respaldo científico e a opção de crer ou não, nas evidências.
E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará (Daniel 12.4 ARC 2009 SBB). Daniel recebeu essa revelação em 534 a.C., e diariamente a Palavra de Deus é confirmada. A ciência multiplica-se espantosamente, redescobrindo e confirmando a verdade bíblica. Aleluia!
Referências:
Diário da Saúde: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=o-que-acontece-quando-pessoa-morre&id=15696 Acesso: 20/01/2023.
Pearlman, Myer. Teologia Bíblica e Sistemática: (Conhecendo as doutrinas da Bíblia). Edição do Kindle. Editada e adaptada mediante consulta ao livro físico, traduzido por Lawrence Olson.
Hodge, Charles. Teologia Sistemática Charles Hodge. Edição do Kindle.
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