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A Doutrina Unicista e o Filho de Deus

Ao ouvir acusações contra a doutrina unicista, pesquisei diversas fontes, comparando-as com a Bíblia e, sinceramente, não encontrei erros doutrinários.

Introdução

As atribuições a Deus de partes do corpo humano é antropomorfismo, já que o único corpo físico permanente de um Deus que é Espírito é o do Filho de Maria.
Para os irmãos unicistas, o verdadeiro mistério da Divindade é a Encarnação (1 Timóteo 3.16), e tem sido revelado. A pergunta é: os unicistas creem no Filho de Deus? Analisemos a letra da música “Chuva de Sangue”, do Conjunto Voz da Verdade, cujo ministério é unicista.

Música: Chuva de Sangue (Voz da Verdade)

Uma chuva que cai e lava minha alma

Uma chuva que vem da cruz de Jesus

Este sangue que entra nas minhas veias

Que me faz conhecer quem é o meu pai


Pelas suas feridas

Eu pude ser sarado

Este sangue tem poder

Deixa o medo de lado


Chuva de sangue eu sinto aqui cair

Lava minha alma e cura o meu ser

Sangue de Deus que me fez filho seu

Meu DNA tem o código do filho de Deus


1. Analisando a pregação: a doutrina unicista crê no Filho de Deus?

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. João 3:36 

Estes dois versículos foram citados pelo Pr. Carlos no vídeo abaixo, aos 10min,13-39seg


O que devemos perguntar sempre é: essa afirmação tem respaldo bíblico? Observem sempre o texto, junto ao seu contexto, não se deixando levar por meras suposições. Está correto afirmar que o grande mistério é o da encarnação e que já foi revelado, conforme 1 Timóteo 3.16? Leiamos: Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória (1 Timóteo 3.16). Sim, Deus foi manifesto em corpo. Conhecemos essa manifestação como: Jesus Cristo.

2. Deus manifesto em carne

Os expoentes da Unicidade explicam que o termo Filho fala da manifestação do único Deus em carne. Eles afirmam que Filho pode referir-se à natureza humana de Cristo somente ou à união de deidade e humanidade. Entretanto, eles insistem que o termo não pode ser usado quando separado da encarnação de Deus; nunca pode apenas se referir à deidade. Eles rejeitam o termo Deus Filho, não bíblico, a doutrina do Filho eterno, e a doutrina da geração eterna. A frase “o Filho unigênito” não se refere ao fato que o Filho foi gerado do Pai, por uma geração espiritual inexplicável, mas refere-se à concepção miraculosa de Jesus no ventre da virgem pelo Espírito Santo.

3. Passagens bíblicas: o tempo e o papel do Filho

Para estabelecer o princípio da existência do Filho, os crentes Unicistas indicam as seguintes passagens das Escrituras:

Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus (Lucas 1.35).

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4.4).

“Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 1.5).

Eles apontam para o tempo em que o papel distinto do Filho terminará, quando o propósito redentor para o qual Deus se manifestou em carne não existirá mais. Isto não implica que o corpo imortal glorificado de Cristo deixará de existir, mas que a obra de mediador e o reinado do Filho findarão. O papel do Filho será imerso pela grandeza de Deus, que permanecerá em Seu papel original como Pai, Criador e Soberano de todas as coisas. “Então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Coríntios 15.28).

4. As duas naturezas de Cristo

Referências no plural ao Pai e o Filho simplesmente fazem distinção entre a deidade e a humanidade de Cristo. Em outras palavras, Pai e Filho são uma dualidade de naturezas, e não de pessoas, como prega a trindade.
Os crentes Unicistas enfatizam as duas naturezas de Cristo, usando este fato para explicar as referências no plural ao Pai e Filho contidas nos Evangelhos. Como Pai, Jesus às vezes agia e falava de Sua autoconsciência divina. Como Filho Ele algumas vezes agia e falava de Sua autoconsciência humana. As duas naturezas nunca entravam em conflito, porque elas estavam unidas em uma só pessoa.
Os irmãos Unicistas não se baseiam nos credos para formular posições doutrinárias, mas baseiam-se apenas nas Escrituras, que revelam a plena deidade de Cristo, a plena humanidade de Cristo, e a união essencial e total de deidade e humanidade na Encarnação.
Ao ouvir acusações contra a doutrina unicista, pesquisei diversas fontes, comparando-as com a Bíblia e, sinceramente, não encontrei erros doutrinários. Isso é simples: antes de pesquisar, ore. Depois, deixe a Bíblia falar. Abra o coração para que Jesus seja autoridade máxima em todos os seus dilemas. Deus te dará discernimento e autoridade. Você não temerá aos homens, senão a Deus somente.

5. Por que a expressão “sangue de Deus”?

Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2.9). O sangue de Jesus é o sangue de Deus (Atos 20.28-29). Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 João 5.20). Existe apenas um Deus verdadeiro (Deuteronômio 32.39).

Conclusão

Pelas afirmações apresentadas e pelo respaldo bíblico, concluímos que os irmãos unicistas creem no Filho de Deus.

Três manifestações: um só Deus. Três títulos: Pai, Filho e Espírito Santo. Um Nome — Jesus.

Jesus é Senhor e Cristo: Senhor Jesus Cristo. 

Quer ver Deus? Olhe para o Cordeiro. Olhe para o Leão da tribo de Judá. 

O Cordeiro é Jesus. O Leão é Jesus. Jesus é Deus!

Aleluia!

Referências:

Bíblia Online. https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi

Voz da Verdade — Mogi Mirim. http://www.vozdaverdade.net/Essenciais-da-Teologia-Unicista.php

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