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Lições da Pandemia para Igrejas e Pastores: Dicas Bíblicas de Finanças Pessoais


Como Cristãos Podem Administrar o Dinheiro com Sabedoria?

Introdução

Estou escrevendo este artigo em tempos de pandemia, mas as lições financeiras aqui apresentadas são atemporais.

Os pastores e membros, em sua maioria, nesses tempos difíceis, estão sofrendo dificuldades financeiras, apesar de terem a Bíblia, que trata a fundo de finanças. Não estudaram sobre educação financeira e nem estimulam seus membros a isso.

A Bíblia é uma fonte rica de sabedoria e conselhos para a vida em todas as suas áreas, incluindo finanças. Para os pastores, é importante compreender que a saúde financeira é parte integrante da vida cristã, e que é necessário ensinar e praticar a boa administração do dinheiro.

Para os fiéis, ler a Bíblia em busca de orientações financeiras pode trazer uma nova perspectiva sobre como lidar com dinheiro, ajudando a evitar dívidas, a estabelecer uma boa gestão financeira e a viver de maneira mais equilibrada e saudável. Aqui estão conselhos financeiros à luz da Bíblia.

1. Estabeleça um orçamento

Para evitar o endividamento e manter controle sobre entradas e saídas, criar um orçamento é essencial. A Bíblia ensina sobre a importância de um planejamento cuidadoso: “Os planos do diligente tendem à fartura, mas os do apressado, à privação” (Provérbios 21.5). Um orçamento bem elaborado ajuda a planejar e a administrar as finanças com diligência e sabedoria, promovendo uma vida com mais estabilidade.

2. Viva dentro de suas possibilidades

O endividamento excessivo é um problema comum na sociedade atual, mas a Bíblia nos alerta sobre isso. Romanos 13.8 diz: “Não fiquem devendo nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros”. Viver nas possibilidades significa ter controle sobre o dinheiro e evitar o endividamento desnecessário.

3. Pratique a generosidade com dízimos e ofertas

A Bíblia nos ensina a dar o dízimo e ofertas como forma de gratidão e reconhecimento a Deus. Malaquias 3.10 diz: “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para haver alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las”. Dízimos e ofertas também ajudam a manter as atividades da igreja e a auxiliar os menos favorecidos.

A contribuição financeira na igreja é um assunto delicado e muitas vezes controverso. Embora a Bíblia nos ensine a dar o dízimo como forma de gratidão e reconhecimento a Deus, também é importante que essa contribuição seja feita de maneira inteligente e transparente.

Muitos fiéis têm medo de não contribuir e, consequentemente, ir para o inferno. No entanto, essa não é a motivação correta para a contribuição financeira na igreja. A Bíblia nos ensina que devemos dar com alegria e gratidão a Deus, não com medo ou obrigação (2 Coríntios 9.7).

Para evitar a contribuição cega, é importante que os fiéis busquem a transparência financeira de sua instituição religiosa. É importante entender como o dinheiro da igreja é gerido e como ele é utilizado, para uma contribuição consciente.

Além disso, é importante que a contribuição financeira seja destinada para o bem-estar e a prosperidade de todos os membros da igreja. Devemos contribuir para ver todos os irmãos prósperos, felizes e fartos, e não apenas para satisfazer os interesses pessoais de alguns líderes.

A contribuição inteligente também implica em um planejamento financeiro pessoal adequado. É necessário que cada fiel esteja ciente de suas despesas e receitas, para poder contribuir de acordo com suas possibilidades, sem se endividar ou prejudicar a saúde financeira pessoal.

A Bíblia também nos ensina que devemos auxiliar os mais necessitados. A contribuição financeira na igreja pode ser um suporte aos menos favorecidos, seja por meio de doações ou de projetos sociais da própria igreja. O discípulo amado escreveu à igreja:

Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade (1 João 3.17,18).

4. Poupe para o futuro

A Bíblia nos ensina a poupar para o futuro, para prevenir problemas financeiros e estar preparado para imprevistos. Provérbios 21.20 diz: “O homem precavido guarda conhecimento, mas a boca do insensato o leva à ruína”. Uma reserva financeira pode ajudar a enfrentar momentos difíceis sem precisar recorrer a empréstimos.

5. Seja honesto e justo em seus negócios

A honestidade e a justiça são valores fundamentais na vida cristã, inclusive nos negócios. Provérbios 16.11 diz: “Os pesos e as medidas justos vêm do Senhor; todos os pesos da bolsa são feitos por ele”. Ser honesto e justo em todas as transações financeiras é uma forma de honrar a Deus e evitar problemas legais e financeiros.

É claro que estamos nos preparando para a eternidade com Deus, no céu, onde não haverá adversidades, fomes, doenças… Mas ainda estamos no mundo. Se Deus quisesse você hoje no céu, você não estaria lendo essas linhas. Enquanto não chegarmos ao céu, devemos, sim, juntar no verão, para ter abundância no inverno. 

Pastores, ensinem educação financeira aos seus membros!

Membros, não esperem mais: estudem educação financeira!

Conclusão

Os princípios bíblicos sobre finanças pessoais oferecem uma base sólida para pastores e fiéis, para o benefício e igualdade de todos. Certamente, a prosperidade que advém da obediência à palavra de Deus, não é privilégio somente de alguns, mas se estende a todos. Ensinem uns aos outros e pratiquem. Assim, viveremos conforme a promessa: “Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” (Isaías 1.19).


Referência:

Bíblia online. https://www.bibliaonline.com.br/acf+nvi






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